sexta-feira, 23 de julho de 2010

Má oclusão ( Coelhos, roedores e seus dentes que nunca param de crescer)

Os incisivos, pré-molares e molares de coelhos, porquinhos da índia e chinchilas crescem sem parar ao longo de toda a vida do animal. A oclusão normal é mantida pela ação de oposição dos dentes que é feita naturalmente e principalmente durante a mastigação.

A má oclusão ocorre quando este desgaste natural não ocorre, levando ao crescimento excessivo dos incisivos e/ou molares resultando dificuldades em comer e beber. Na maioria dos casos os incisivos se apresentam alinhados, aparentemente normais, mas não garantem que os molares e pré-molares estejam alinhados.

Em geral, os animais que apresentam problemas de alimentação são submetidos a exames radiográficos ou ate mesmo uma rápida sedação para que a cavidade oral e o alinhamento dos dentes sejam avaliados

A única saída, quando o problema se instala é o desgaste dos dentes que na maioria das vezes é feito sob anestesia / sedação. Este desgaste deve ser feito por um profissional habilitado acompanhado por um anestesista. Os dentes são desgastados com aparelhos odontológicos e nunca devem ser cortados com alicates. O uso incorreto dos alicates pode expor a polpa do dente, que fatalmente infecciona e necrosa, gerando graves conseqüências ao animal, como infecções e até mesmo óbito.

Em geral o animal para de comer porque os dentes que cresceram de maneira errada acabam por machucar a bochecha e/ou a língua causando graves lesões bucais que muitas vezes infeccionam. Este conjunto de problemas debilita o animal, que mesmo com fome não consegue se alimentar, gerando um quadro de desnutrição que se agrava e muito com infecções secundárias.

Como é geralmente considerado um problema hereditário, coelhos com esta condição não devem ser reproduzidos. No entanto, nem tudo é hereditário, pois coelhos jovens podem danificar seus dentes incisivos, puxando a gaiola de arame, o que resulta em desalinhamento e possivelmente má oclusão.

É um problema grave e que deve ser tratado o mais rápido possível, quanto mais rápido for realizado o tratamento maiores as chances do animal. O desgaste realizado pelo médico veterinário não é definitivo, muitas vezes o animal passa por este procedimento a cada seis meses a um ano.

2 comentários:

Gêisa Lopes disse...

A peridiocidade que mencionou no artigo, varia em cada caso. Particularmente, nunca ouvi falar "a cda 6 meses ou 1 ano". Geralmente é com maior frequÊncia, como no meu caso: a cada 15 dias...

Wildvet Clinica Veterinaria disse...

Geisa,
Com certeza, a peridiocidade varia muito, de caso para caso. No texto colocamos que, muitas vezes, o animal passa por esse procedimento a cada 6 meses ou 1 ano porque é o que mais observamos no atendimento clínico da Wildvet.