sexta-feira, 5 de junho de 2009

Pingüins: “É mais fácil nadar do que voar”


Os pinguins são aves marinhas, pertencentes à família Spheniscidae Spheniscidae, e, embora suas asas não servem para voar, funcionam muito bem para nadar, sendo capazes de nadar facilmente por longas distâncias. São tanto adaptados a vida na água que algumas espécies ficam mais de 70% de suas vidas dentro da água. A família dos pinguins é representada por 18 espécies, mas registros sobre antigos fósseis indicam que podem já chegarm a ser 32 espécies.

O ancestral dos pinguins se diferenciou há mais de 40 milhões de anos, perdendo a capacidade de voar, mas em compensação se adaptou muito bem à vida marinha, ganhando uma excelente capacidade da natação.

Em geral habitam o hemisfério sul , próximos da Antártida, porem também são eencontrados em regiões mais quentes, como a Nova Zelândia, sul da África, Austrália e América do Sul, e até em regiões próximas ao equador, como o arquipélago de Galápagos.

Os maiores pinguins chegam a medir 1 metro de comprimento e pesar até 30 quilos, enquanto os menores chegam no máximo a 40 centímetros e 2 quilos.

Bem adaptados à natação, pois possuem corpo alongado e asas modificadas em forma de nadadeiras. Penas mais curtas e em maior numero os protegem do frio e impedindo o contato da pele com a água. A muda da pena ocorre uma ou duas vezes por ano, substitundo as penas velhas e gastas por novas e logicamente, neste período de muda, os pinguins não entram no mar.

Todos apresentam o mesmo padrão de coloração, com a região dorsal escura e a ventral branca, que serve como camuflagem no meio marinho. O predador que olhe de baixo para cima verá uma mancha branca, muito parecida com gelo ou com a claridade do sol, já quando olha de cima para baixo verá uma mancha preta, semelhante ao fundo do mar.

O andar “engraçado” dos pingüins é por causa de seus pés, que ficam na extremidade posterior do corpo em conjunto com pernas curtas. Este formato o permite ficar de pé quando está em terra firme. Durante a natação, os pés são mantidos unidos e esticados para trás, como “pés de pato” utilizados pelos mergulhadores..

Nutrição

Os pinguins comem peixes, lulas ou pequenos crustáceos chamados krill. Capazes de mergulhar fundo atrás de suas presas, permanecendo submersos por vários minutos. O formato do bico está relacionado com a dieta. Os que se alimentam basicamente de peixes e presas maiores possuem bicos mais longos e resistentes enquanto os que comem presas pequenas têm os bicos mais curtos e delicados.

Agua salgada do mar não é problema para esses animais, pois eles possuem uma adptacao muito interessante, uma glândula, capaz de secretar o excesso de sal que se acumula na circulação sanguínea.

Comportamento social

Quase todos vivem em grandes colônias, onde nadam e caçam em grupo. Durante o inverno, os indivíduos de regiões frias costumam se manter bem próximos uns dos outros, formando um enorme círculo, onde eles se aquecem e impedem a circulação dos ventos gelados pela colônia.

Os pingüins emitem vários tipos de vocalização e realizam diversos movimentos corporais para se comunicar, trocando informações sobre a proximidade de predadores, para escolher parceiros reprodutivos e reconhecer os filhotes.

Acasalamento e reprodução

A reprodução em geral ocorre uma vez ao ano, quando o clima esta mais quentes. Durante a estação reprodutiva, os casais permanecem unidos, cuidando juntos do filhote, porem, podem ou não se reencontrarem na próxima estação.

Alguns preparam seus ninhos com pedrinhas, onde deixam o ovo. Outros mantêm o ovo sobre os pés, evitando o contato com o solo, aquecendo-os com o calor do corpo. O tempo de incubação leva de um a dois meses.

O casal toma conta do filhote, se revezando na busca de alimento e proteção. Os filhotes são cuidados até que sejam capazes de nadar em busca do próprio alimento. O que pode levar, dependendo da espécie, de dois a 13 meses.

Invadindo a praia?

Durante o inverno, é comum encontrar pingüins em algumas praias brasileiras. Em geral a espécie encontrada é o pingüim de Magalhães, que vive na costa sul da América do Sul. Quase que todos os animais que chegam aqui são jovens que saem em busca de comida, acabam se perdendo e são levados pelas correntes. Quando chegam às nossas praias estão famintos e muito debilitados.

O pingüim de Magalhães é adaptado à regiões nas quais a temperatura varia entre 7° e 30°C.

Ao encontrar um pingüim perdido pela praia, não o coloque no gelo, o que poderia ser fatal ao animal. Perdem massa muscular, penas e gordura e ficam expostos ao frio (A temperatura normal de um pingüim é de quase 40 C). Uma maneira de ajudar é o deixar descansar em um local seco e aquecido, como uma caixa de papelão forrada de jornal, se possível com lâmpadas potentes e/ou aquecedores.

A alimentação deve ser aquecida antes de servir ao animal e muitos deles precisam tomar antibióticos e outros medicamentos.

Procure imediatamente alguma autoridade local (Policia, Bombeiros, Aquários) e encaminhe este animal para algum abrigo onde possa receber cuidados veterinários.

Após passar um período de reabilitação, os animais serão soltos podendo voltar ao local de origem.

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